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III SIELL – Simpósio de Estudos Linguísticos e Literários - 50 anos da Guerrilha do Araguaia

Publicado: Terça, 05 de Abril de 2022, 21h22 | Última atualização em Terça, 05 de Abril de 2022, 21h44 | Acessos: 1080

III SIELL – SIMPÓSIO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS

50 ANOS DA GUERRILHA DO ARAGUAIA

PROCAD/AMAZÔNIA – UFRGS – UNIFESSPA – UFNT

16, 17 e 18 de maio de 2022

==> Programação completa em pdf

Inscrições gratuitas!

APRESENTAÇÃO

 

 

            A terceira edição do SIELL – Simpósio de Estudos Linguísticos e Literários – vinculado ao PROCAD/Amazônia e fruto da parceria entre três universidades públicas, UNIFESSPA, UFNT e UFRGS, elegeu como tema do evento os 50 anos da Guerrilha do Araguaia.

            Em 1972, tropas militares chegaram à região do Araguaia, nas fronteiras entre o estado do Pará e o então norte de Goiás para confronto com militantes do PCdoB que escolheram a luta armada como forma de combate à ditadura civil-militar, instaurada pelo golpe de 1964. Como resultado, o grupo composto por algumas dezenas de militantes foi esmagado, o que incluiu o assassinato dos comunistas e desaparecimento de seus corpos até hoje sem paradeiro. Além disso, foi intensa a violência dos militares sobre camponeses locais e indígenas, todos recebendo o tratamento que então se destinava aos “terroristas”. Trata-se de um dos episódios mais representativos do que foi a repressão no Brasil.

            Escondido pela ditadura como “vício nefando”, como diria Jacob Gorender, esse acontecimento provocou ao longo dos anos trabalhos de diferente ordem, não apenas diretamente relacionados à história, incluindo de modo interdisciplinar reflexões de natureza linguística e literária. Entram em cena as produções literárias que tematizam a ditadura e a guerrilha, o trabalho em torno do testemunho, a ficção, o embate entre discursos na constituição da memória (ou do esquecimento).

            O III SIELL parte, pois, de uma data emblemática para reunir pesquisadores de diferentes áreas de atuação no campo das Letras e que trarão suas contribuições para esse exercício de reflexão sobre a história recente do país, levando em conta a urgência do compromisso com ideais democráticos e a luta pela memória.

            Em função da incerteza quanto aos rumos que a pandemia da COVID-19 apresentaria na data do evento, deliberou-se por sua realização online, transmitida pelo canal da UFNT no Youtube. Os links de acesso à programação online serão encaminhados aos participantes.

 

Comissão Organizadora

 

 

PROGRAMAÇÃO

Dia 16 de maio de 2022

8h30 – 9h

Solenidade de abertura do evento

Dr. Márcio Araújo de Melo – UFNT

Dra. Rita Lenira Bittencourt – UFRGS

Dr. Abílio Pacheco - UNIFESSPA

Dr. Airton Sieben – reitor da UFNT

9h15

Apresentação cultural

Dra. Eliane Cristina Testa (UFNT)

9h15 – 11h15

Mesa-redonda 1: Discursos em tempos sombrios

Dra. Freda Indursky (UFRGS)

Dra. Solange Mittman (UFRGS)

Dra. Nilza Brito (UNIFESSPA)

Mediação: Dr. João de Deus Leite (UFNT)

15h – 17h

Simpósios

 

19h – 22h

Mesa-redonda 2: Memórias da resistência

José Genoíno – PT, ex-guerrilheiro no Araguaia

 MSc. Eduardo Reina – Jornalista

Sônia Haas – irmã do Dr. Juca

Mediação: Dr. César Alessandro Sagrillo Figueiredo (UFNT)

17 de maio de 2022

8h30 – 11h

Mesa-redonda 3: Imagens da ditadura

Dra. Naiane Vieira dos Reis (IFMA)

Dra. Naurinete Fernandes Inácio Reis (UNIFESSPA)

MSc. Jacielle da Silva Santos (UFNT/SEE)

Mediação: Dra. Luiza H. O. da Silva (UFNT)

15h – 17h

Simpósios

 

19h – 22h

Mesa-redonda 4: Literatura dos anos de chumbo

Dra. Gínia Maria Gomes (UFRGS)

Dra. Rita Lenira Bittencourt (UFRGS)

Dra. Eurídice Figueiredo (UFF)

Mediação: Dr. Márcio Araújo de Melo (UFNT)

18 de maio de 2022

8h30-11h

Mesa-redonda 5: Testemunhos literários

Pedro Tierra

Liliane Haag Brum

Janailson Macedo

Mediação: MSc. Airton Souza (egresso UNIFESSPA)

15h – 17h

Conferência de encerramento:

Literatura e memória

Dra. Tânia Sarmento-Pantoja (UFPA)

Mediação: Dr. Abílio Pachêco de Souza (UNIFESSPA)

INSCRIÇÕES

            As inscrições para ouvintes serão realizadas até o dia 14 de maio de 2022, pelo preenchimento de formulário online:

https://docs.google.com/forms/d/1O1YN1Y8tatSgwbwtA2xxRfhXSGjm0EA-8yqFcH_G-hM/prefill

RELAÇÃO DE SIMPÓSIOS

            Os interessados em apresentar trabalhos nos simpósios devem submeter, até 30.04.2022, aos respectivos organizadores, por e-mail, resumo de 150 a 200 palavras. Os organizadores serão responsáveis pelo aceite e definição do dia e ordem das apresentações.


 

1 LEITURAS LITERÁRIAS DA DITADURA CIVIL-MILITAR BRASILEIRA

 

Dr. César Alessandro Sagrillo Figueiredo (UFNT-Tocantinópolis)

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Dr. Moisés Pereira da Silva (UFNT-Araguaína)

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Resumo: A presente proposta possui como objetivo principal reunir comunicações que dialoguem com diferentes perspectivas de estudos que envolvam as interfaces da literatura com a história e a memória no contexto da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985).  Justificamos a relevância dessa articulação teórica, pois compreendemos o quanto a literatura se empenha em responder as diferentes linguagens e expressões que os escritores se detiveram acerca do tempo vivido, igualmente, sobre os distintos eventos históricos inclusos nesse período. A proposta, portanto, considera pertinente comunicação que vislumbre esse diálogo profícuo, sobretudo mobilizando a literatura, a memória e outros elementos que possam contribuir na produção de saberes sobre o tema. Desejamos, com essa proposição, alargar as fronteiras, os objetos e as fontes a partir de comunicações que venham, também, responder a debates e a questões sobre a literatura regional brasileira inscrita nesse período ditatorial.

Palavras-chave: ditadura e literatura; literatura e memória da ditadura; literatura no Norte.


 

2 ANÁLISE DE DISCURSO E VIOLÊNCIA

Dra. Nilsa Brito Ribeiro (UNIFESSPA)

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Dra. Janete Silva dos Santos (UFNT)

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Dr. João de Deus Leite (UFNT)

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Resumo: Neste simpósio temático, estamos interessados na discussão da temática da violência sob a perspectiva discursiva. Por assim dizer, a violência é tomada na condição de discurso, que envolve o entrelaçamento de algumas categorias teóricas importantes, quais sejam: (1) linguagem, como instância de significação, cujo funcionamento aponta para a opacidade de sentidos e de não sentidos; (2) sociedade, como instância em que os processos discursivos são sedimentados em sua contradição e em sua divisão desigual; (3) sujeito, fruto do processo de interpelação ideológica, que pressupõe a passagem do indivíduo a sujeito. Estamos interessados, mais de perto, no fato de que a violência, à luz dessas três categorias, articuladas a outras pertinentes ao campo da Análise de Discurso francesa, encerra, na sociedade, processos políticos e simbólicos, de modo a sobredeterminar o ritual de interpelação ideológica. Portanto, há processos sócio-históricos e ideológicos, ancorando a produção de práticas discursivas de violência, em que os sujeitos são aí concernidos e inscritos. No âmbito da AD, as categorias “político” e “simbólico” são operacionais para problematizarmos a perspectiva da violência, tendo como base diferentes materialidades discursivas. Assim, o analista de discurso pode jogar, teórico-analiticamente, com o binômio “unidade-dispersão dos sentidos”. Num movimento de descrição e de interpretação sobre a materialidade enfocada, o efeito de naturalização de determinadas práticas discursivas de violência podem ser questionado, de modo a expor o funcionamento dessas práticas em nossa sociedade. Gostaríamos que diferentes pesquisadores pudessem se debruçar conosco sobre a referida temática, de maneira a pôr em foco diferentes corpora, que nos permitam pensar como a violência possui vários modos de constituição, de formulação e de circulação nas sociedades.

Palavras-chave: violência em diferentes espaços discursivos; violência e processos de subjetivação na sociedade contemporânea; violência e suas forças institucionais de constituição; violência no e pelo discurso digital; violência, arquivo e memória; violência e a fratura do laço social.

 

 

3 QUANTOS ARAGUAIAS? QUANTAS TREBLINKAS? – TESTEMUNHOS, REMEMORAÇÃO E RESISTÊNCIAS

Abilio Pachêco de Souza (POSLET-UNIFESSPA)

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Airton Souza de Oliveira (egresso UNIFESSPA - Doutorando UFPA)

Iran de Souza (Doutorando UFPA)

Resumo: O narrador do romance Pessach, de Carlos Heitor Cony, ouve seu pai judeu afirmar que Treblinka pode ser Olaria. Roberto Vecchi, professor e pesquisador, cita o Araguaia como um palimpsesto. Memórias escritas, shoahs a-tópicas. A “geografia mundial da barbárie” (Valéria de Marco, 2004) não tem fronteira ou limites, tanto podemos falar de Araguaias, Treblinkas, Guernicas, Babi Yar, Mariupol. Num evento que se rememoram os 50 anos da tragédia e da catástrofe ocorrida durante Guerrilha do Araguaia, este simpósio acolhe trabalhos que apresentem pesquisas sobre representação da violência e sobre obras de teor testemunhal (literárias ou visuais) que versem sobre a Guerrilha ocorrida na região do Bico do Papagaio, mas também sobre outros eventos históricos semelhantes. Temos preferências por pesquisas envolvendo autores e obras do Norte/Amazônia brasileira, embora isto não seja uma restrição.

Palavras-chave: Guerrilha do Araguaia, literatura de testemunho, representação da violência


 4 MEMÓRIAS DAS DITADURAS LATINO-AMERICANAS: EXÍLIO, LITERATURA E POLÍTICA

 

Nilcéia Valdati (UNICENTRO)

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Keli Pacheco (UEPG)

Resumo: Na última década deste século tem sido volumosa a publicação literária e crítica em torno das ditaduras latino-americanas. A criação da Comissão Nacional da Verdade, em 2012, desencadeou, em certo sentido, a urgência de se falar sobre tal momento histórico e político e possibilitou abrir caminhos para tocar novamente em memórias individuais, coletivas e herdadas. São exemplos, os livros A resistência, de Julián Fuks (2015), Corpo interminável, de Cláudia Lage (2019), Volto semana que vem, de Maria Regina Pilla (2016), K: relato de uma busca, de Bernardo Kucinski (2014), Outros cantos, de Maria Valéria Rezende (2016), O amor dos homens avulsos, de Victor Heringer (2016), Mar azul, de Paloma Vidal (2012) e Inventário das coisas ausentes, de Carola Saavedra (2016). Destaca-se também A literatura como arquivo da ditadura brasileira, de Eurídice Figueiredo (2017), e os dois dossiês publicados pela revista Estudos de literatura brasileira contemporânea, em 2014 e 2020. Neste sentido, este simpósio busca reunir comunicações que proponham pensar as forças da memória e o deslocamento do exílio, a partir da leitura de trabalhos literários, críticos, artísticos, cujo elemento potencializador é o período ditatorial latino-americano. Trabalhos que discutam maneiras de observar a possibilidade de uma política da sobrevivência, a qual coloca em jogo a prática do “desaparecimento forçado” e o apagamento das possibilidades de construção de uma memória para heranças futuras, a partir da aliança da história com a literatura ou outras artes (VECCHI, 2021), bem como discutam a criação de uma pós-ficção, pós-memória, pós-verdade (FUKS, 2018).

Palavras-chave: ditaduras latino-americanas; memória; exílio.

5 VOZES À MARGEM: MULHERES E INDÍGENAS NA DITADURA

Ana Lúcia Tettamanzy - (UFRGS)

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Cinara Antunes Ferreira - (UFRGS)

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Resumo: Os regimes totalitários que se estabeleceram na América Latina no decorrer do século XX não apenas se apresentaram como um golpe à organização social e política, baseada na democracia, como também constituíram um golpe contra a representação. No Brasil, o regime militar se impôs através da violência às manifestações políticas e às manifestações culturais que instauraram a divergência em relação ao sistema. A situação tornou-se ainda mais crítica quando essas produções eram oriundas de grupos minoritários como o das mulheres e dos indígenas.  Particularmente a literatura de testemunho foi pouco desenvolvida, até pelo fato de nossa memória histórica ser enfraquecida por processos de apaziguamento como a anistia aos militares e a fragilidade na construção de arquivos e espaços de elaboração dos traumas frente aos crimes de Estado. Ainda assim, houve resistências no período e no âmbito das artes e da cultura o jogo de forças se estabeleceu no sentido de trazer à tona o silenciado. Propomos então que se recupere a produção literária e em outras linguagens de autoria de mulheres e de indígenas que permitam reconhecer o engajamento e as lutas desses segmentos no contexto dos anos de chumbo de uma ditadura que nada teve de branda.

Palavras-chave: literatura e história; mulheres e indígenas na ditadura; literatura e outras linguagens.

 

Comissão organizadora

Abílio Pachêco de Souza (UNIFESSPA)

Alexandre Silva dos Santos Filho (UNIFESSPA)

Rita Lenira Bittencourt (UFRGS)

Luiza Helena O. da Silva (UFNT)

Márcio Araújo de Melo (UFNT)

 

 

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