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Histórico e Contextualização do Programa

Publicado: Segunda, 01 de Junho de 2020, 18h30 | Última atualização em Segunda, 01 de Junho de 2020, 18h43 | Acessos: 2841

A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), com sede e foro no município de Marabá (PA), e natureza jurídica de autarquia, vinculada ao Ministério da Educação – MEC, foi estabelecida como instituição em 2013, através da Lei Federal n.º 12.824, de 5 de junho de 2013. A Unifesspa surge a partir do campus Marabá da Universidade Federal do Pará (UFPA), estabelecido em 1986, quando houve a implementação do Programa de Interiorização da UFPA, focado em trazer a universidade federal para as regiões distantes da sede da universidade em Belém. Em virtude da extensão do estado, as microrregiões do Pará, principalmente aquelas mais distantes da capital viam-se desatendidas em suas necessidades formativas e formadoras. A necessidade de estabelecer uma oferta de ensino superior no interior foi pautada desde então pela demanda por cursos de formação de professores—essa continua sendo umas das principais demandas da universidade no sul e sudeste do Pará. A história da presença da universidade federal em Marabá é então marcada por dois momentos de expansão em prol da interiorização: o primeiro com a criação do campus UFPA na cidade, na década de 1980, e o segundo, quase trinta anos depois,  com o desmembramento desse mesmo campus para formar uma nova universidade, a Unifesspa. 

 

Esse desmembramento mais recente permitiu que a recém criada Unifesspa fosse estruturada como universidade multicampi, sendo constituída pelo Campus de Marabá (sede) e os Campi de Rondon do Pará, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu e Xinguara. A área de abrangência da Unifesspa, no entanto, vai além dos municípios citados, envolvendo os 39 municípios da mesorregião do sudeste paraense, além de potencial impacto no norte do Tocantins, sul do Maranhão e norte do Mato Grosso. De certo modo, pode-se afirmar que o objetivo da criação da Unifesspa é possibilitar aos estudantes da região acesso à educação superior pública de qualidade, sem imperativo deslocamento para grandes centros, ensejando a fixação de profissionais qualificados em cumprimento à função social das universidades públicas, especialmente na Amazônia.

 

O curso de Letras - Língua Portuguesa foi criado no antigo Campus da UFPA - Marabá, no ano seguinte à sua criação, em 1987, juntamente com outras quatro licenciaturas, a saber, Matemática, Pedagogia, Geografia e História, sendo todas ofertadas em regime intensivo. Somente a partir de 1992 o curso de Letras - Língua Portuguesa passou a ser ofertado também de  forma extensiva.

 

Em 2009, com o aumento do número de professores efetivos em Marabá, houve a criação do Curso de Letras – Língua Inglesa, que também surgiu com o objetivo de atender a uma demanda histórica da região por profissionais dessa área de formação. A partir do estabelecimento da autonomia administrativa, didático-pedagógica e científica do antigo Campus Universitário de Marabá, foi criada a Faculdade de Estudos da Linguagem - FAEL, à qual se vincularam os cursos de Letras - Língua Portuguesa e Letras - Língua Inglesa.  Em 2013 foi criado o Instituto de Linguística, Letras e Artes - ILLA, ao qual se integrou a Faculdade de Estudos da Linguagem (FAEL) e os cursos vinculados a ela. No segundo semestre de 2014, foi criado o curso de Licenciatura em Artes Visuais, integrando, também, a Faculdade de Estudos da Linguagem. Em 2017, com a chegada de novos professores efetivos, foram criadas outras duas faculdades vinculadas ao ILLA: a Faculdade de Línguas Estrangeiras e Tradução (FALET), composta pelo curso de Letras – Inglês, e a Faculdade de Artes Visuais (FAV), composta pelo curso de Artes Visuais. A FAEL passou então a incorporar somente o curso de  Letras – Português. 

 

Atualmente, o curso de  Letras – Português conta com 04 turmas regulares em funcionamento, em regime seriado semestral. No ano de 2016, ingressaram 02 turmas de Letras-Português, na modalidade intensiva, financiadas pelo PARFOR e atendidas pela FAEL nos municípios de Santana do Araguaia e Rondon do Pará. Quanto às turmas do curso de Letras – Língua Inglesa, há, atualmente, 04 turmas extensivas, funcionando nos períodos noturno e matutino. Em 2019, o Curso de Letras – Inglês passou a atender, através de parceria com a Prefeitura do município de Canaã dos Carajás, uma nova turma de Letras – Inglês, em modalidade intensiva. O curso de Artes Visuais possui 04 turmas, na modalidade intensiva. 

 

No segundo semestre de 2014, o Instituto de Estudos do Xingu – IEX, com sede no campus universitário de São Félix do Xingu- Unifesspa criou o curso de Licenciatura em  Letras – Português. O ILLA contribuiu efetivamente para a criação desse curso, participando desde a elaboração de seu Projeto Político Pedagógico até a formação de bancas examinadoras para a seleção dos primeiros professores do referido instituto. O quadro docente dos dois institutos mantém um diálogo permanente e há, inclusive, docentes do Instituto de Estudos do Xingu credenciados no Programa de Mestrado em Letras do ILLA.

 

O Instituto de Linguística, Letras e Artes conta, também, desde novembro de 2014, com um Mestrado Profissional em Letras (Profletras), em parceria com a UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), atendendo a uma significativa demanda de professores que já exercem atividades profissionais nas redes municipal e estadual. O Profletras ofertou 18 vagas em seu primeiro processo seletivo, todas elas preenchidas, havendo mais de 200 candidatos inscritos, formados não somente pela UFPA como também por outras instituições federais e privadas. Houve três outros processos seletivos para o PROFLETRAS nos anos de 2016, 2017 e 2018, sendo também preenchidas todas as vagas.

 

Em 2016 foi criado o Programa de Mestrado Acadêmico em Letras (Poslet), que propõe, por sua vez, suprir a grande demanda de egressos em Letras e áreas afins, de Marabá e região, com interesse em aprofundar pesquisas iniciadas na graduação e em seguir a carreira acadêmica. A primeira turma iniciou suas atividades em 2017. A escolha pela implantação, em um primeiro momento, de uma área de concentração interdisciplinar, a saber, Linguagem e Sociedade, com duas linhas de pesquisa - (1) Estudos Comparados, Culturais e Interdisciplinares em Literatura e (2) Linguagem, Discurso e Sociedade - explica-se pela variedade de egressos tanto de Letras - Português quanto de Letras - Inglês oriundos da UFPA e da Unifesspa. Assim, as duas linhas de pesquisa do programa procuram articular saberes e disciplinas, tendo em vista as peculiaridades da região e dos cursos. 

 

O perfil do programa procura, portanto, atender às características específicas da região onde atua, refletindo o potencial  da diversidade da região amazônica não somente em relação à formação de recursos humanos, muito necessários, é claro, mas também em termos científicos. O programa incorpora no seu cerne o potencial para inovação na pesquisa, ao olhar criticamente para relações socioculturais da região, representadas na sua diversidade étnica, racial, intergeracional, e de gênero. A pesquisa voltada às culturas indígenas, quilombolas e ribeirinhas da região é particularmente promissora, por seu caráter muitas vezes inédito. 

 

Focando nesse potencial, em 2018, o programa aprovou, por meio do PROCAD - Amazônia, um projeto de intercâmbio acadêmico-científico entre os programas  de pós‐graduação em Letras de três universidades: Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal do Tocantins (UFT). O objetivo do projeto é justamente produzir impacto social para a região a partir das pesquisas desenvolvidas, podendo servir de base para propostas de políticas públicas que busquem atender as comunidades envolvidas. A proposta de pesquisa aprovada articula os três programas de pós-graduação em Letras, nestas universidades, em torno de um eixo comum que favorece o desenvolvimento de subprojetos em Linguística e Literatura.

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